Atrair talento para repovoar as zonas do interior do país foi uma das mensagens deixadas pela ministra da Coesão Territorial. Para que tal aconteça, os municípios e as comunidades intermunicipais têm de dotar o território de boas condições ao nível de transportes, habitação, saúde e educação. Ana Abrunhosa falava no âmbito do evento “Fora da Caixa” promovido pela Caixa Geral de Depósitos, que ontem se realizou nas instalações da Câmara da Guarda e cujo tema foi “A Floresta, o Ordenamento do Território e o Impacto Económico”. A governante alertou que há estudos que apontam para a perda de população nesta faixa do país e que é preciso reinventar, aproveitar as oportunidades de financiamento para produzir, mas sobretudo atrair população com talento. Ana Abrunhosa focou ainda os indicadores do investimento no interior do país e salientou a importância das instituições de ensino superior nalguns sectores de actividade. A governante deu como exemplos investimentos na floresta e na área da aeronáutica. A ministra coesão territorial sublinhou também os apoios do PRR para a habitação acessível. Ana Abrunhosa falou também da captura de carbono como uma fonte de receita para os territórios.
Antes da ministra, usou da palavra o presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos e antigo ministro da Saúde. Paulo Macedo focou a sustentabilidade das empresas e as alterações climáticas para dizer que no mundo empresarial, e viu um exemplo na Guarda, há empresas que já começaram a recorrer a alternativas para poupar energia. O antigo governante reforçou que as alterações climáticas trazem custos incalculáveis às empresas.