O vereador do PS na Câmara da Guarda disse aos jornalistas que não terminar o mandato é uma hipótese em aberto mas que, a concretizar-se, será sempre por razões pessoais e não por questões políticas, até porque foi eleito. Luís Couto não escondeu um desencontro de opiniões entre a concelhia socialista aquando da aprovação da criação de uma Empresa Municipal para gerir o património habitacional da autarquia e o voto de abstenção que apresentou, posteriormente, na reunião do executivo. O candidato pelo PS nas autárquicas recordou que iria votar contra a proposta da ordem de trabalhos mas que depois de ouvir as explicações do presidente da Câmara da Guarda, decidiu abster-se. Esta mudança de posição não terá caído bem nas hostes socialistas e a concelhia até já terá equacionado retirar a confiança política a Luís Couto que, recorde-se é o único vereador do partido na Câmara da capital do distrito. No final da reunião do executivo desta semana, o vereador falou do assunto e adiantou que já teve uma reunião com a concelhia onde terá explicado a intenção de voto. Em poucas palavras, Luís Couto adiantou que a questão da retirada de confiança política, por parte do PS, não foi abordada na reunião. O vereador, que se candidatou como independente na lista do PS, referiu que as ilações que tira deste episódio não se prendem com razões políticas. Antes das reuniões do executivo há sempre reuniões preparatórias com o partido, acrescentou Luís Couto, que recordou que iria votar contra a criação da Empresa Municipal mas que alterou o sentido de voto após as explicações do presidente da Câmara. Quanto ao futuro como vereador do PS, Luís Couto disse aos jornalistas que foi eleito e que apenas as razões pessoais o podem levar a renunciar ao mandato. Mas abandonar o cargo antes do final do mandato sempre será uma hipótese em aberto, frisou Luís Couto.
Nas declarações que prestou aos jornalistas, o vereador do PS rejeitou a ideia de ser “uma muleta” do PG e que todas as opções que toma são a pensar na Guarda.
