A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda e com a colaboração inicial da PSP da Guarda, procedeu à identificação e detenção do presumível autor de, pelo menos, quatro crimes de incêndio florestal ocorridos entre os dias 7 e 13 do corrente mês e ano. Os dois últimos incêndios tiveram lugar de madrugada, na cidade da Guarda, designadamente numa vasta zona de pinhal, anexa ao Hospital Sousa Martins e ao Bairro residencial das Lameirinhas, e também num quintal existente nas proximidades da Escola Secundária Afonso de Albuquerque, na Rua das Fontainhas, povoado essencialmente por árvores frutícolas. Os dois restantes tiveram lugar igualmente de noite, numa zona de mato, povoada por giestas altas e pinhal pequeno, numa quinta agrícola igualmente próxima do referido Bairro das Lameirinhas. Tais eventos foram iniciados por meio de chama direta, acionada por recurso a um isqueiro, e também por eventual recurso à utilização de um engenho incendiário ainda não totalmente determinado. Considerando a possibilidade de propagação para os respetivos aglomerados urbanos existentes, os incêndios só não terão atingido proporções catastróficas devido à pronta deteção e combate por parte dos vigilantes da referida Unidade Hospitalar e também dos Bombeiros da Guarda, que rapidamente acorreram a todas as situações. O detido, com a idade de 46 anos, desempregado e evidenciando tendência autodestrutiva, terá já tentado colocar fogo diretamente em várias botijas de gás localizadas no exterior de um quiosque da cidade da Guarda. Presente às competentes autoridades judiciárias, foi o mesmo entretanto submetido à medida de coação de prisão preventiva.

Em Alverca da Beira, concelho de Pinhel, a PJ da Guarda com a colaboração inicial da GNR de Freixedas, Pinhel, procedeu à identificação e detenção do presumível autor de um crime de incêndio florestal de grandes dimensões, ocorrido ao início da noite do último domingo, em Alverca da Beira, no concelho de Pinhel, o qual consumiu em poucas horas vários hectares de vegetação, mato e pinheiros, assim como uma quinta agrícola, tendo ainda colocado em grave perigo várias casas de habitação. O incêndio, cujo combate mobilizou desde logo 63 bombeiros e 17 viaturas, foi ateado por meio de chama direta, com recurso à utilização de um vulgar isqueiro, tendo o seu autor admitido não ter conseguido dominar o seu próprio ímpeto incendiário, nem resistido à vontade de assistir ao severo desenvolvimento do mesmo. O detido, com a idade de 54 anos, agricultor, anteriormente já condenado por factos da mesma natureza, foi entretanto presente às competentes autoridades judiciárias, tendo ficado sujeito à medida de coação de prisão preventiva.

Ainda de acordo com um comunicado, também de hoje da PJ da Guarda, esta polícia procedeu identificação e detenção de um homem pela presumível prática de um crime de homicídio qualificado na forma tentada e outro de detenção de armas de fogo proibidas. O crime de homicídio teve lugar num clima de desavenças entre dois vizinhos, ambos agricultores, por motivo da disputa de um terreno de interesse comum, tendo ocorrido na passada quinta-feira, pelas 23H30 e sido cometido por meio de um disparo com uma pistola de calibre 6,35 mm., que atingiu a vítima na região abdominal. Entretanto, tendo-se o autor refugiado no interior da sua própria residência, rapidamente cercada por elementos da GNR e também da Polícia Judiciária, somente pelas 07H00 de sexta-feira foi possível abordar diretamente o suspeito, que voluntariamente acorreu ao exterior da mesma, embora tenha começado por negar os factos. Os crimes tiveram lugar numa aldeia do concelho da Mêda, na sequência de desavenças antigas entre agricultores vizinhos.

Em resultado das diligências que entretanto se seguiram, foi possível aos elementos da Polícia Judiciária esclarecer adequadamente o sucedido e localizar e apreender três armas de fogo, uma das quais usada na prática do crime. O detido, com 76 anos de idade, foi sujeito a primeiro interrogatório judicial, na sequência do qual ficou sujeito à medida de coação de prisão preventiva.

 

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