Este apoio, disse Sérgio Costa em conferência de imprensa, só representa 25% do total do investimento. Se esta candidatura fosse assinada, o TMG iria perder autonomia no conteúdo programático. Sérgio Costa explica que 85% dos espetáculos teriam que ser do portefólio imposto pela DG ARTES. O autarca acrescenta que o referido relatório apresentado ao executivo em novembro último, refere que o perfil programático previsto na candidatura iria ao encontro de um público específico e não se adequa aos habituais frequentadores do TMG. Sérgio Costa continuou a citar o relatório elaborado pelos técnicos do TMG, onde é referido que o orçamento para este ano esgotou-se rapidamente numa programação «elitista, experimental, contemporânea e com poucos espetáculos de índole comercial». Em suma o próprio relatório interno, aconselha a não fosse assinar o protocolo com a DG Artes. E os dados apresentados pelo autarca apontam para uma redução na ordem dos 40% de espetadores no TMG neste ano de 2022, comparativamente com 2019. Sérgio Costa referiu que se o público tivesse aumentado até poderia ponderar-se o investimento nesta candidatura. O presidente da câmara da Guarda mostrou ainda aos jornalistas, um documento, assinado por ele próprio em novembro de 2021, que se comprometia a dar cobertura política a esta candidatura, no entanto o valor máximo assumido era de 500 mil euros por ano. Sérgio Costa diz que o plano de programação do TMG é da responsabilidade do programador e que os valores apresentados foram superiores aos balizados politicamente. O autarca vai mais longe, os valores foram mesmo duplicados no conteúdo da candidatura, que foi da responsabilidade do programador. Sérgio Costa acrescenta que parte do conteúdo da candidatura já está desadequada à realidade atual, quer nos conteúdos, quer em recursos humanos. O autarca sublinha, que esta candidatura seria incomportável para o Municipio da Guarda.
Perante estes factos, Sérgio Costa diz que tinha que ser tomada esta decisão, ainda que possa sair politicamente prejudicado, mas reitera que acima de tudo estão os superiores interesse da autarquia e do erário público. O autarca garante que a programação do TMG vai continuar a ser forte e com liberdade absoluta de atuação e Sérgio Costa defende uma Programação para o TMG, mais abrangente, direcionada para todos os públicos e realizada pelos técnicos do Teatro Municipal da Guarda. No plano político o presidente da câmara da Guarda diz que na última reunião do executivo, foi confrontado com as mesmas questões pelos vereadores da oposição e, que os mesmos, compreenderam os argumentos apresentados.
