No primeiro caso trata-se de um empréstimo de 1.150 milhões de euros para a aquisição de 5 autocarros, que mereceu a abstenção dos vereadores do PS e PSD. No segundo é também um empréstimo a longo prazo, de cerca de 7 milhões e 600 mil euros para investimentos municipais. O ponto da ordem de trabalhos foi chumbado pelos vereadores do PSD e teve a abstenção da vereadora socialista.
Adelaide Campos justificou que, quanto à aquisição de autocarros, lhe foi explicado que a Câmara da Guarda não tinha liquidez financeira e por isso recorreu ao empréstimo. A socialista acrescentou que a Câmara vai ter de fazer uma gestão rigorosa para poder pagar estes empréstimos.
Já o vereador do PSD, Carlos Chaves Monteiro referiu que não entende a razões dos dois empréstimos. O social democrata adiantou que há uma gestão catastrófica no Município da Guarda, uma vez que os empréstimos, a 20 anos, comprometem as gerações futuras. Sobre estas últimas palavras do vereador do PSD, o presidente da Câmara da Guarda desvalorizou e acusou os social democratas de estarem contra os investimentos nas freguesias rurais. Quanto ao empréstimo para a aquisição de cinco autocarros, que terá de ser pago em 7 anos, Sérgio Costa explicou que é mais vantajoso do que recorrer ao leasing. Para além disso, as novas viaturas são necessárias, nomeadamente para o transporte escolar.
Quanto ao empréstimo de 7 milhões e 600 mil euros, para ser pago em 20 anos, o autarca justificou que se tratam de investimentos que estão a ser feitos nas freguesias que foram afectadas pelos incêndios. Há ainda obras de reabilitação que vão ser feitas no parque infantil do Parque Urbano do Rio Diz e nos estaleiros municipais, cujos valores podem ascender a dois milhões de euros. O autarca anunciou ainda reabilitações em freguesias afectadas pelas intempéries. Sérgio Costa explicou ainda que a Câmara não tem meios financeiros para pagar a pronto e que os investimentos previstos não podem esperar.