Os vereadores do PS na Câmara da Guarda dizem que a maioria está a usar verbas dos antigos SMAS – serviços municipalizados de água e saneamento para liquidar dívidas. Os socialistas defendem que esta ação da maioria já era de prever e que alertaram para isso quando houve a extinção do serviço, acrescentando ainda que a Câmara já recorreu a cerca de 1 milhão e meio de euros que estavam no SMAS, para pagar a fornecedores, como revelou o vereador Pedro Fonseca.
Eduardo Brito também falou do assunto. O socialista diz que vai esperar para saber onde vai ser gasto o dinheiro, uma vez que lhe foi dito que a verba seria para fazer face ao pagamento do edifício onde funciona a ENSIGUARDA, resultante de um processo judicial herdado do anterior executivo liderado pelo PS.
Confrontado com estas declarações dos dois vereadores do PS, o presidente da Câmara da Guarda mostrou-se surpreendido. Álvaro Amaro adiantou aos jornalistas que, na reunião do executivo desta semana, ficou tudo explicado e que não houve dúvidas por parte da oposição. O autarca fala em desonestidade política e intelectual e ignorância.
Álvaro Amaro explica que a Câmara foi buscar dinheiro a esse fundo porque teve de enfrentar um processo judicial onde teve de pagar 900 mil euros. Por outro lado as verbas provenientes dos fundos comunitários ainda não chegaram. O presidente do Município garantiu que essa verba será reposta e que teve de evitar recorrer a um empréstimo.