Na véspera do ECOFIN – Reunião dos ministros das finanças da Zona EURO, reunir para decidir as eventuais sanções a Portugal, pelo não cumprimento do défice de 2015, o presidente da CIM – Comunidade Intermunicipal das Beiras e Será da Estrela, mostra-se preocupado com os possíveis congelamentos das verbas provenientes dos fundos comunitários em 2017.
Paulo Fernandes falava aos jornalistas numa conferência de imprensa, que durou cerca de hora e meia, na sede daquele organismo, na Guarda. O autarca do Fundão diz que se tal acontecer estão a condenar o país e a travar o investimento.
Outro assunto em cima da mesa foi o anúncio do Governo em relação à majoração de 10 por cento para empresas e municípios que antecipem para este ano os projectos com financiamento europeu, no âmbito do Portugal 2020, mas com início previsto apenas para os próximos anos. Paulo Fernandes diz que se trata de uma boa notícia, mas coloca algumas reservas.
O presidente da CIM falou ainda do congelamento de descontos nas portagens das auto-estradas do interior. Recorde-se que uma fonte do ministério do planeamento admitiu que, para já, é impossível avançar com datas para a concretização dos descontos, como estava previsto para este Verão.
Em causa estará o impasse nas negociações entre o Governo e o consórcio da A23, que liga a Guarda a Torres Novas. Paulo Fernandes não aceita que as reduções sejam apenas de 10 por cento, uma vez que tem de haver equidade entre as várias regiões do país.
Paulo Fernandes mostra-se mais preocupado com os alegados congelamentos das verbas provenientes dos fundos comunitários em 2017, se Portugal sofrer sanções pelo não cumprimento do défice de 2015.
