As câmaras que integram o sistema multimunicipal de água e saneamento das “Águas do Vale do Tejo” vão aderir ao acordo de pagamento de dívidas proposto pelo Ministério do Ambiente. Os municípios, devido a um diferendo, deixaram de pagar em 2009.
No caso da Câmara da Guarda, o assunto levou à marcação de uma reunião extraordinária do executivo, onde foi aprovado, por unanimidade, solicitar ao Governo que prorrogue o prazo do diploma que possibilita o pagamento da dívida existente para com o antigo sistema multimunicipal, das “Águas do Zêzere e Côa.” O autarca da Guarda, Álvaro Amaro disse, em conferência de imprensa, que os municípios estão disponíveis para pagar mas há condições que ainda estão a ser negociadas, entre as quais, o valor dos juros. Álvaro Amaro acredita que as câmaras estão próximas de chegar a um bom acordo mas acrescenta que ainda há arestas para limar. No caso da Câmara da Guarda, o estado calcula que a dívida do município é de 34 milhões de euros, o município diz que é 24 milhões. Álvaro Amaro diz que os municípios estão dar um passo importante para liquidarem a dívida. O presidente da Câmara enumerou ainda as condições de acordo dos municípios. Álvaro Amaro disse ainda, no final da reunião extraordinária do executivo, que a Câmara da Guarda tem capacidade negocial, uma vez que tem 6 milhões e meio de euros em caixa que podem, ou não, ser abatidos na dívida.
Já os dois vereadores do PS, justificaram o voto favorável à proposta do presidente social-democrata por pretenderem contribuir para que seja feito um bom acordo para a Guarda e que o valor que a autarquia possui nos cofres seja aplicado na despoluição dos rios Diz e Noéme, como refere o socialista Eduardo Brito. Pedro Fonseca espera que haja uma boa capacidade negocial por parte da Câmara Municipal da Guarda em relação ao empréstimo a realizar para pagar a dívida. (ouvir aqui)