Numa longa entrevista à Radio F, três signatários desta carta deram voz ao descontentamento vertido nessa carta aberta ao autarca da Guarda. Luís Aragão um dos signatários, diz mesmo que a autarquia da Guarda, mais concretamente a Divisão de Obras e Urbanismo, é o principal travão ao desenvolvimento do concelho. Luís Aragão diz que este departamento cria entraves em todos os processos que dão entrada na autarquia. O signatário diz que esta é uma situação recorrente e que se arrasta há mais de uma década, mas que se agravou nos últimos meses.

Luís Aragão dá o exemplo de uma IPSS que anda há mais de 10 anos para obter uma licença. Também um projeto para um Hotel de Charme na zona Histórica da cidade, aguarda desenvolvimentos há mais de três anos. Luis Aragão fala também de uma empresa que se quis fixar na Guarda com a criação de unidade fabril de grande dimensão e consequentemente com a criação de vários postos de trabalho, mas devido às dificuldades encontradas o empresário desistiu do negócio. Uma das soluções, que já aconteceu num passado recente passou pela criação de uma “Via Verde” na autarquia da Guarda, mas Luís Aragão diz que esta, só funcionou nos dois primeiros anos.

Reclamações não têm faltado junto da autarquia, mas as repostas tardam a chegar, ou quando chegam são insatisfatórias. Luís Aragão recusa que a falta de recursos humanos justifique a inoperância deste departamento da autarquia da Guarda. Luís Aragão disse que havia mais pessoas que queriam assinar esta missiva, mas por receio de represálias não o fizeram. Este signatário diz que é altura de dizer basta.

O Engenheiro projetista diz que já solicitou uma reunião há três anos atrás, no sentido de resolver este problema e que até hoje não houve qualquer resposta. Luís Aragão refere que após o início da recolha de assinaturas desta missiva, o atual autarca da Guarda tentou saber o número de pessoas que a subscreveram, para os juntar numa sala. Luís Aragão ficou com a sensação, que isso só iria complicar mais, a atual situação.

Luís Aragão, que também é deputado na Assembleia da Municipal da Guarda, já expôs este problema neste órgão e que a resposta do autarca foi no sentido inverso, o problema reside nestes profissionais que não cumprem com aquilo que lhes és solicitado. O engenheiro técnico diz que esta situação já é uma bola de neve e já dura há anos e pede uma resolução para o problema. Luís Aragão aponta uma solução, agilizar os novos processos que dão entrada, para não se arrastarem no tempo, e responsabilizar profissionalmente os técnicos deste Departamento.

Outra das Signatárias que deu voz a este descontentamento foi Salete Marques, que rejeitou terminantemente que haja aqui motivações político partidárias, com esta carta aberta enviada ao Presidente da Câmara da Guarda. A arquiteta pede ao autarca da Guarda que reconheça que há um problema neste setor, porque o descontentamento é generalizado e é muito mais abrangente do que os mais de 100 signatários desta carta aberta.

Salete Marques diz que na Divisão de Obras da Câmara da Guarda há dualidade de critérios nos processos, varia de técnico para técnico e pede uma revisão urgente no modelo atual. A arquiteta lembra que em última análise, a responsabilidade recai sobre o Presidente da Câmara. Salete Marques diz que o presidente da câmara parece estar numa de, negação de factos, e se assim for, a arquiteta diz que o autarca está a contribuir para o descrédito da Câmara da Guarda nesta área. A falta de respostas às reclamações é outras das falhas apontadas. Salete Marques propõe a criação de um provedor do munícipe, formação adequada para os técnicos e a contratação de um novo chefe de divisão.

Também Paulo Pissarra deu voz a este descontentamento, o arquiteto diz é preciso que os processos avançarem tecnicamente, nem que para isso haja a necessidade de uma intervenção política mais dura por quem de direito. O arquiteto pede mesmo que seja criada uma figura de mediação entre os projetistas e a câmara da Guarda, para resolver processos que se arrastam há anos na Divisão de Obras e Urbanismo.

Outra das sugestões diz Paulo Pissarra, passa pela realização de um fórum onde a autarquia esteja presente e possam ser apontadas soluções por ambas as partes. Questionado sobre se isso já não teria sido proposto pelo presidente da câmara da Guarda, foi Luís Aragão que respondeu e disse que até esta altura, não houve qualquer resposta oficial, a esta carta aberta entregue em mão ao autarca.

Já na parte final desta extensa conversa com a Rádio F, com estes três signatários, Luís Aragão disse que a missava foi assinada por mais de uma centena de pessoas das variadas áreas e outros em nome individual, que quiseram manifestar-se publicamente insatisfeitos, com a Divisão de Planeamento, Obras e Urbanismo.

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