O presidente da Câmara da Guarda acusou os vereadores do PSD e do PS de «incúria», pelo facto de terem chumbado a proposta de minuta do contrato da sociedade Guarda Viva, que permite a constituição da empresa municipal, mais direcionada para a renovação urbana e gestão do património edificado. O documento já tinha sido aprovado na Assembleia Municipal. Sérgio Costa revelou que tudo foi posto em causa e que o que aconteceu na reunião do executivo, relacionado com este ponto da ordem de trabalhos, foi muito grave. O autarca adiantou que estava previsto um investimento de 40 milhões de euros do PRR na habitação acessível e habitação social que teriam de ser executados nos próximos 4 anos. Sérgio Costa acrescentou que tudo o que estava relacionado com o dossier da habitação ficou colocado em causa. O autarca reforçou que estão previstas a construção de centenas de habitações. A criação da empresa municipal também ficou condicionada. O presidente do Município da Guarda revelou ainda que não vai fazer uma nova versão do documento.
Ouvido pelos jornalistas, o vereador do PSD, Carlos Chaves Monteiro justificou que apenas foi coerente com o que votou aquando da criação da empresa municipal e porque considera que esta nova empresa foge ao controlo da Câmara e da Assembleia Municipal. O social democrata reforçou que a empresa municipal não vai resolver os problemas de habitação no concelho. Carlos Chaves acrescentou ainda que a Câmara tem habitações que adquiriu e que ainda não fez as respectivas reabilitações.
Já a vereadora do PS, Adelaide Campos referiu que não pode concordar com uma empresa que fica com carta verde para fazer o que quer, à revelia da Câmara e da Assembleia Municipal. A socialista disse ainda que pediu o adiamento da votação em relação a este ponto.
