Pedro Dias, o alegado homicida de Aguiar da Beira, vai ficar em prisão preventiva. A leitura das medidas de coacção foi feita já depois das 8 da noite por uma funcionária do Tribunal da Guarda. Cerca de meia hora depois da leitura das medidas de coacção, os dois advogados também abandonaram o tribunal. Mónica Quintela disse aos jornalistas que a medida de prisão preventiva já era esperada. A advogada adiantou que vai recorrer desta medida de coacção e reiterou que tem respeito pela família das vítimas, mas espera que se faça justiça.
Enquanto os advogados falavam com os jornalistas, Pedro Dias abandonou as instalações do Tribunal mas não saiu pela porta principal. Mónica Quintela não entende porque é que esse procedimento não foi adoptado de manhã, uma vez que defende que Pedro Dias não devia ter sido sujeito a tanta exposição. Por isso os advogados pediram para Pedro Dias sair por outra porta.
Antes, durante a manha, o suspeito dos homicídios de Aguiar da Beira, Pedro Dias chegou ao tribunal da Guarda por volta das 11h, sob um coro de insultos de alguns populares, que não arredaram pé para verem de perto o homem mais falado no país. Minutos depois da entrada de Pedro Dias, a advogada de defesa, Mónica Quintela falou aos jornalistas para dizer, que não sabia se o cliente se ia remeter ao silêncio, mas explicou que é um direito que tem, bem como qualquer outra pessoa. Entretanto o advogado Rui Silva Leal, colega e marido de Mónica Quintela, também foi abordado pelos jornalistas e disse que lamenta as duas vítimas mortais neste processo.
Quanto ao estado de Pedro Dias, o advogado referiu que estava expectante e perguntou pelos filhos visivelmente emocionado. Quanto à detenção em direto de Pedro Dias, o advogado Rui Silva Leal, disse que a decisão foi por razoes de segurança. À chegada de Pedro Dias ouviram-se apupos, por parte dos populares que se encontravam à entrada do tribunal.