Os dois pontos, por esta ordem, faziam parte da ordem de trabalhos da reunião do executivo e motivou, mais uma vez, uma acesa discussão entre o presidente da Câmara e os vereadores da oposição, que se mostraram intransigentes no sentido de voto, que aliás tinha sido o mesmo na primeira apreciação.
No final, e em declarações aos jornalistas, a vereadora do PS, Adelaide Campos referiu que o presidente da Câmara não leva a sério o que lhe é dito pela oposição e lembrou que Sérgio Costa não tem a maioria. Adelaide Campos acrescentou que não faz sentido que o presidente da Câmara apresente um novo conjunto de propostas a 15 dias do final do ano. A socialista disse que a Guarda não pode viver de actos falhados, promessas e ideias mas sim de projectos concretos. O objectivo do PS não é provocar eleições mas terá de haver alternativas, adianta Adelaide Campos. A concluir, a vereadora frisou que a cidade está abandonada e apelou ao trabalho em conjunto.
Já o vereador do PSD, Carlos Chaves Monteiro justificou que o documento apresentado ontem era idêntico ao anterior e que a revisão orçamental de 2023 não fez sentido. O social democrata disse ainda que não há projectos no orçamento apresentado para 2024. Carlos Chaves Monteiro adiantou que a revisão orçamental era como se o presidente da Câmara quisesse passar uma carta em branco à oposição.
Também no final da reunião e em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara da Guarda não poupou críticas à oposição. Para Sérgio Costa, os vereadores do PS e do PSD são contra o desenvolvimento do concelho e lembrou que ambos os partidos pediram eleições antecipadas. O autarca classifica a posição dos vereadores como uma vergonha. Sérgio Costa explicou que a revisão do orçamento para 2023 tinha como objectivo incluir as rubricas que teriam de ser aprovadas. O autarca diz que os vereadores da oposição são irresponsáveis e que querem provocar uma crise política no executivo. O autarca disse ainda que todos os projectos estão em causa e reforçou que a oposição é um bloco central contra o desenvolvimento da Guarda. Quanto ao futuro e da forma como a Câmara vai ser gerida, Sérgio Costa deixou para mais tarde qualquer tipo de esclarecimento, lamentando mais vez a postura dos vereadores do PSD e do PS.
