E os motivos do sentido de votos parecem diferentes dos dois partidos políticos, mas já lá vamos, antes o Presidente da câmara da Guarda, Sérgio Costa, falou de um orçamento possível, atendendo à realidade económica mundial, mas o autarca diz que o documento protege os mais desfavorecidos e que potencia o investimento e mantém o foco na criação de emprego. O documento já tem um incremento de 3 milhões de euros, para fazer face ao aumento de despesas correntes que advêm da inflação, com os juros, despesas com a energia, refeições e transportes escolares, para além do aumento do valor das empreitadas por força do incremento de custos.
Já Chaves Monteiro vereador do PSD, considera este documento um orçamento empolado e de difícil execução. O Social Democrata acrescenta que o orçamento para 2023 não serve os Guardenses num ano que se prevê difícil. O certo é que o PSD absteve-se, o que só por si, viabilizava o documento, mas Chaves Monteiro justifica o sentido de voto, porque não quer obstaculizar o atual executivo, mas reitera que este é um mau orçamento.
As declarações de Chaves Monteiro não surpreendem o presidente da câmara da Guarda e considera que o Social Democrata não analisou verdadeiramente o documento e que continua na politica do «Bota Abaixo». Sérgio Costa diz mesmo que os vereadores nem se aperceberam que nesta reunião de câmara foram aprovadas obras no valor de 4,3 Milhões de euros o que já representa 6,5% do orçamento de 2023.
Entretanto o vereador do PS, também se absteve, mas Luís Couto justificou o sentido de voto, alegando a falta de tempo útil para uma análise mais detalhada do documento, tendo proposto adiar a votação para uma reunião extraordinária a realizar ainda esta semana, algo que não veio a suceder. Luis Couto disse aos jornalistas que esteve para abandonar a reunião do executivo da câmara da Guarda, por considerar que há ilegalidades no timing da disponibilização prévia dos documentos, mas reconsiderou e na votação absteve-se.
O orçamento da câmara da Guarda para 2023 ronda os 67,47 Milhões de euros e foi aprovado por maioria, com as abstenções do PS e PSD. O documento será agora remitido por força da lei à Assembleia Municipal até ao final deste mês e posteriormente e será discutido e votado nesse órgão deliberativo da câmara da Guarda.
