O vereador do PSD na Câmara da Guarda, Carlos Chaves Monteiro vai avançar com uma queixa-crime contra o presidente do Município, Sérgio Costa. Em causa estão declarações do autarca em relação à cedência dos terrenos do antigo matadouro a uma empresa para instalação de um hospital privado.
Recorde-se que este projecto foi anunciado ainda na campanha eleitoral das eleições autárquicas de 2021, mas Sérgio Costa, entretanto eleito, terá considerado o negócio ruinoso para o Município.
Volvidos cerca de 2 anos e meio e na sequência de uma denúncia sobre possíveis ilegalidades em todo este processo, o Ministério Público arquivou o mesmo, uma vez que não foram recolhidos nos autos quaisquer indícios da prática do crime de prevaricação, abuso de poder, ou de qualquer facto criminalmente punível.
Na reunião do executivo da passada Segunda-feira, o vereador do PSD, Carlos Chaves Monteiro, abordou novamente o assunto para dar a conhecer a decisão do Ministério Público e disse ao presidente do Município que ia avançar com uma acção em Tribunal por considerar que o autarca tentou denegrir a sua imagem com declarações que prestou a vários órgãos de comunicação social e na própria reunião do executivo. Carlos Chaves Monteiro aproveitou para ler parte da decisão do Ministério Público acerca do assunto. O social democrata, que era na altura presidente da Câmara da Guarda e candidato nas autárquicas, adianta que o actual autarca continua a denegrir a imagem de Carlos Chaves Monteiro e, por essa razão, vai mover uma ação em Tribunal.
Confrontado com estas declarações, Sérgio Costa diz que se trata de uma luta de egos e que irá responder na justiça e reafirmar o que disse. Sérgio Costa lembrou que a Assembleia Municipal anulou o negócio. O presidente da Câmara acrescentou a que Carlos Chaves Monteiro ainda não ultrapassou a derrota nas autárquicas, em 2021.