A Câmara da Guarda vai recorrer da sentença do tribunal pelo facto de ter sido condenada a pagar quase um milhão de euros de rendas do chamado edifício bacalhau, onde funciona actualmente a Escola Profissional.
O processo já tem uns anos e teve início ainda no mandato de Joaquim Valente. Em 2010, o edifício foi arrendado pela autarquia para ali funcionar o estabelecimento de ensino. O contrato previa o pagamento de uma renda de 2 mil euros por mês durante um ano e a opção de compra, que, caso não fosse exercida teria um aumento no valor da renda para 25 mil euros.
Em 2012, o Município aprovou a aquisição do edifício que era propriedade da empresa Gonçalves e Gonçalves e da Predial da Montanheira. O negócio estava avaliado em um milhão e 400 mil euros, sendo descontado o valor da renda, mas o negócio não se concretizou
Em 2013, após as eleições autárquicas, o actual executivo entendeu por fim ao contrato e deixou de pagar as rendas e a massa insolvente avançou com uma acção onde reclamava o pagamento de 946 mil euros das rendas vencidas e não pagas.
Agora o Município vai recorrer até às últimas instâncias, como referiu na reunião de Câmara o presidente da autarquia. O assunto foi abordado pelos vereadores do PS, no período antes da ordem do dia. O socialista, Joaquim Carreira quis saber mais pormenores.
Na reunião, o presidente da Câmara da Guarda justificou que o negócio foi ruinoso para o município e acrescenta que o anterior executivo deveria ser chamado à responsabilidade.
Álvaro Amaro garante que a Câmara vai recorrer da sentença do tribunal e explicou as razões que levaram este executivo a quebrar o contrato.