O presidente da Câmara da Guarda considera que houve falta de coordenação no incêndio da semana passada, que teve início em Monte Margarida, no concelho da Guarda e que depois se alastrou aos concelhos do Sabugal, Almeida e Pinhel. O fogo chegou a ser combatido por cerca de 700 bombeiros de várias corporações do país e só foi dado como dominado na manhã da passada sexta-feira.
Numa carta enviada ao Comandante Distrital de Operações e Socorro da Autoridade Nacional de Protecção Civil, o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, quer saber porque é que o posto de comando foi instalado no concelho de Almeida. O autarca diz ainda que ficou magoado pelo facto de não ter sido convidado para um “briefing” que juntou os autarcas dos concelhos afectados pelas chamas e que terá acontecido na passada terça-feira.
Na carta enviada ao Comandante Distrital, o autarca da Guarda acrescenta que a carta não é mais do que a expressão de protesto em seu nome, dos presidentes de junta e de tantos homens e mulheres das várias aldeias que manifestaram apreensão pela falta de coordenação. Álvaro Amaro reuniu, entretanto, com os autarcas de freguesia e outras entidades para se fazer o levantamento dos prejuízos e, se for possível, vai pedir apoios ao estado português. Álvaro Amaro refere que passou por todas as freguesias do concelho afectadas pelas chamas e que deu conta de vários prejuízos.
Entretanto o autarca da Guarda reuniu com os presidentes de juntas de freguesia e pediu para que fosse feito o levantamento dos prejuízos causados pelas chamas, para depois ver se há hipóteses de financiamentos por parte do Estado.