Em comunicado enviado às redações, o socialista diz que o faz com mágoa porque está a ser feita uma purga e perseguição a determinados socialistas na Guarda. Agostinho Gonçalves diz que o PS nacional tem vindo a falar com “estruturas sombra” (não eleitas), em detrimento deste órgão que foi legitimante eleito. Agostinho Gonçalves refere que, «A cúpula, ao estilo “União Nacional”, de um estalinismo primário, que deveria envergonhar qualquer socialista e qualquer democrata, ostraciza as estruturas locais, na hipótese de os seus dirigentes não serem do agrado dos “senhores e senhoras” que mandam eternamente no partido em termos locais. Chega a ser caricato que o Partido Socialista, um partido plural, assuma internamente a defesa do “partido único”» [fim de citação].
Agostinho Gonçalves num extenso comunicado refere também, que lamenta «que se tenha chegado ao ponto de um Presidente de Concelhia não conseguir, sequer, obter qualquer resposta às várias mensagens de correio eletrónico enviados às estruturas nacionais do partido.»
O agora demissionário presidente da Concelhia do PS, acrescenta que «criou-se o estigma dos “cristãos novos”, dentro do PS, distinguiu-se uma elite. Dividiu-se entre novos e velhos, entre ilustres e desconhecidos. Um partido que divide, nunca conseguirá unir», diz Agostinho Gonçalves.
No comunicado o socialista fala também da posição tomada pela deputada na Assembleia de Freguesia de Gonçalo que abandonou o cargo naquele órgão, onde manifesta publicamente o seu apoio. O socialista agradece ainda a toda a equipa que o acompanhou nestes quase 2 anos de mandato, bem como aos elementos da vereação do PS na Câmara da Guarda, deputados municipais e autarcas de freguesias. O socialista acrescenta ainda que, «estarei, como sempre estive, disponível para a minha cidade e serei do Partido Socialista enquanto me deixarem» Agostinho Gonçalves, termina o comunicado referindo, «que agora é tempo de D. Sebastião».
A Rádio F solicitou mais esclarecimentos ao agora residente demissionário da Concelhia do PS da Guarda, que para já, não quis tecer mais comentários ao comunicado enviado.