O anúncio foi feito ontem à tarde na reunião do executivo. Em Causa está, de acordo com o comunicado do PSD, o facto de uma funcionária ter sido condenada pelo tribunal pelo crime de perseguição agravada a outra colaboradora da autarquia.
Os vereadores do PSD justificam esta decisão porque consideram que existe «um grau de compromisso do presidente da Câmara com a funcionária em causa, a confiança mútua existente entre ambos e a conexão dos dois no desempenho das funções que levaram à prática do crime, retiram ao presidente da Câmara qualquer condição moral ou ética e também qualquer condição política para continuar a desempenhar o cargo», como afirma o vereador do PSD, Carlos Chaves Monteiro. Os social democratas acrescentam que a população da Guarda não pode ter à frente do município alguém a quem um juiz de Direito, que o ouviu em declarações sob juramento, considera nada isento, em tudo a tentar proteger a arguida, muito impreciso, sem objectividade e que o tribunal não deu qualquer valor às declarações prestadas por Sérgio Costa como testemunha.
Por estas razões, os vereadores do PSD pedem a destituição do executivo e eleições antecipadas. Na reunião do executivo, Carlos Chaves Monteiro desafiou o Partido Socialista a acompanhar o PSD nesta decisão. Mas o comunicado lançado pelos vereadores do PSD e que Carlos Chaves Monteiro leu na reunião do executivo vai mais além.
O social democrata afirma que já no mandato de Sérgio Costa, a funcionária em causa foi nomeada assessora com isenção de horária e que o despacho tem a data de 27 de Novembro, Dia do Município da Guarda e feriado municipal, uma ocasião em que os serviços da Câmara estão fechados e sem funcionários. Por todas estas razões, Carlos Chaves Monteiro defende que é fundamental a queda deste executivo e a marcação de eleições intercalares.
No final da reunião do executivo, o presidente da Câmara da Guarda falou sobre este comunicado que foi lido na reunião do executivo. Sérgio Costa diz que este episódio é tentar conseguir na secretaria o que não foi a vontade do povo nas urnas e lamenta que os vereadores do PSD usem uma funcionária da Câmara como arma de arremesso político e que estes vereadores estejam a representar o Partido Social Democrata. Sérgio Costa diz que nunca, em qualquer reunião falou em processos em tribunal mas pondera mudar o discurso. O presidente também lamenta que seja esta a posição na Câmara da Guarda e reforça que esta é uma tentativa de deitar abaixo o executivo que governa a autarquia.
Já o vereador do PS, Luís Couto revelou que, para já, não irá fazer qualquer tipo de comentário.
