Um valor de mais 4 milhões de euros comparativamente ao de 2021, fruto de «um bom tralhado e rigor de contas no ano transato», pelo menos foi oque disse o presidente da câmara da Guarda Sérgio Costa. O autarca relembra que este valor de 12 milhões transita para o orçamento de 2023 e vem reforçar financeiramente a autarquia, num ano que se advinha difícil economicamente, nomeadamente com os aumentos da despesa corrente, fruto do alto valor da inflação.
Já o vereador do PS, Luís Couto, disse que grande parte deste valor deve-se à revisão orçamental feita agora no valor de 6,5 milhões de euros, por falta de capacidade de investimento do atual executivo e um empolamento do orçamento inicial.
Também o vereador do PSD, Chaves Monteiro, embarcou na mesma posição e disse que o atual executivo empolou o orçamento e teve agora a necessidade de fazer uma correção em baixa de 6,5 milhões de euros. O Social Democrata diz que houve nitidamente uma falta de investimento por parte da câmara em 2022 e aguarda que sejam revelados os dados da taxa de execução, que segundo, Chaves Monteiro, o valor do orçamento no ano anterior passou agora a ser de 57 milhões de euros.
Na resposta, o presidente da câmara da Guarda relembrou ao vereador do PSD, que em 2021 também houve uma revisão orçamental em 4,5 milhões de euros, quando a quase totalidade do ano estava sob a gestão autárquica do agora vereador Social Democrata. Sérgio Costa lamenta a incoerência política de vereador do PSD nesta matéria e sublinha que a revisão orçamental nos municípios é um preceito que decorre de lei. O autarca acusa mesmo Chaves Monteiro de ter «dois pesos e duas medidas» em matéria de revisão orçamental.
Quanto à revisão em 6,5 milhões de euros, Sérgio Costa diz que a mesma teve que ser feita por falta da abertura de novos avisos do quadro comunitário atual, o Portugal 20-20, bem como a fraca execução do PRR, isto para além da transferência de competências na área social e da educação para as autarquias.
